Uma programação especial nos dias 25 e 26 de janeiro vai marcar a abertura do Curso de Formação de Mediadores para a 3ª Bienal da Bahia. A aula inaugural acontece no Teatro Jorge Amado, na Pituba, com apresentações, palestras e mesas redondas.

O evento será ministrado por uma equipe de docentes, curadores, artistas e pesquisadores, além de nomes que fizeram parte e contribuíram para a realização das Bienais de 1966 e 1968, como o artista Juarez Paraíso e o professor Renato da Silveira.

No sábado, 25, após a mesa de abertura, em que serão apresentadas as diretrizes gerais do curso, a curadora adjunta da Bienal Alejandra Muñoz faz um breve histórico sobre as Bienais de Arte. EM seguida, é a vez do sociólogo e professor José Antônio Saja intermediar a mesa redonda “Encontro de territórios: linguagens artísticas”, com a participação do artista Almandrade, da coreógrafa Lia Robatto, do músico Tuzé de Abreu e do diretor teatral Fernando Guerreiro, atualmente diretor da Fundação Gregório de Matos.

Já os convidados do segundo dia prometem relembrar momentos marcantes da história da arte na Bahia. Com mediação do secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim, artistas, professores e secretários – o de Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, e o de Cultura do Estado de São Paulo, Juca Ferreira – falam sobre a experiência de trabalhar como monitores da primeira Bienal da Bahia, realizada em 1966.

Foto de obra exposta na Bienal de 1966

Preparação para a Bienal

Até 27 de abril, o curso de Formação de Mediadores vai realizar encontros com os 350 candidatos inscritos, com o objetivo de criar diálogos sobre as práticas educativas em espaços expositivos, enfatizando os processos da mediação cultural e do trabalho a ser realizado na Bienal. Ao final da formação, 150 participantes serão selecionados para trabalhar durante o evento, que acontece de 29 de maio a 7 de setembro, em mais de 50 espaços culturais de Salvador e do interior do Estado.

A proposta do curso é criar diálogos sobre as práticas educativas em espaços expositivos, com ênfase nos processos da mediação cultural. A partir de aulas teóricas, palestras, leituras, dinâmicas de grupo, encontros mediados, pesquisa e apresentações audiovisuais, os participantes serão capacitados a desenvolverem atividades específicas e contribuírem para a compreensão das propostas artísticas do evento.

Parceria - A aula inaugural será realizada no Teatro Jorge Amado, na Pituba, que já recebeu mais de 1 milhão de espectadores e realizou quase seis mil eventos. Com o apoio do Governo do Estado da Bahia, o teatro continuará a desenvolver suas atividades em 2014. De acordo com a diretora Fernanda Tourinho, as ações contribuem para torná-lo um verdadeiro centro cultural.

“Precisamos crescer e ter mais espaço para mostrar ao mundo nossa potência e talentos, e parece ter chegado a hora de retomarmos as ações integradas que nos permitam esse reencontro social e político”, ressalta ela.

Juca Ferreira conta sua experiência na Bienal de 1966

A convite do Educativo da Bienal, o secretário de Cultura de São Paulo, Juca Ferreira, foi entrevistado pelo diretor do MAM-BA, Marcelo Rezende, e contou sobre sua experiência como monitor na Bienal de 1966, quando ainda tinha 18 anos.

No ano em questão, Juca Ferreira ingressou no Curso de Monitores da Bienal da Bahia – ele foi um dos selecionados dentre os 500 candidatos que concorreram às vagas. O artista Juarez Paraíso, idealizador da Bienal, convidou críticos de arte renomados para ministrarem o curso, como Frederico Morais, Mario Schenberg, Riolan Coutinho e Mario Pedrosa. Durante a entrevista, Juca conta que atuou nas salas de Lygia Clark e Frans Krajcberg, além de outros artistas consagrados da época.

“Entre 1966 e 1968, a Bahia tinha uma vida intelectual muito forte, tanto no cinema, com o Cine Clube de Walter da Silveira, quanto na música, no teatro e na dança. A Bienal ‘caiu como uma luva’ neste cenário, pela valorização do território cultural que era a Bahia”, relembra o secretário.

 

Confira a programação da abertura do Curso de Formação de Mediadores

Sábado, 25 de janeiro

9h: Recepção dos candidatos

10h: Apresentação do Curso de Formação de Mediadores

Mesa de abertura: Equipe do educativo e professores da Universidade Federal da Bahia:

  • Nanci Novais, diretora da EBA | UFBA
  • Blandina Felipe Viana, diretora da PROEXT | UFBA
  • Pedro Luís Bernardo da Rocha, coordenador de Programas e Projetos ProExt | UFBA
  • Naia Alban Suarez, diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA
  • Fernanda Tourinho, diretora do Teatro Jorge Amado
  • Ana Pato, curadora -chefe da 3ª Bienal da Bahia
  • Mariela Brazón Hernandez, coordenadora do curso de extensão de Formação de Mediadores da 3ª Bienal da Bahia

10h30: Palestra – Breve história das Bienais de Arte

Convidada: Alejandra Muñoz, curadora adjunta da 3ª Bienal da Bahia, curadora do Programa Itaú Rumos Cultural e professora da EBA/UFBA.

14h: Mesa Redonda – Encontro de territórios: linguagens artísticas

Interlocutor: José Antônio Saja – Professor da FCH/UFBA

Convidados:

  • Almandrade , arquiteto, artista visual e poeta
  • Fernando Guerreiro, produtor, diretor teatral e Presidente da Fundação Gregório    de Matos
  • Lia Robatto, coreógrafa e participante da Bienal da Bahia de 1966
  • Tuzé de Abreu, músico e médico

 

Domingo, 26 de janeiro

10h: Monitores da 1ª Bienal da Bahia 1966 (mesa redonda)

Mediação: Albino Rubim (Secretário de Cultura do Estado da Bahia)
Convidados:

  • Juarez Paraíso, artista e idealizador das Bienais de 1966 e 1968
  • Renato Silveira, professor do IHAC – UFBA
  • Zé Sérgio Gabrielli, secretário do Planejamento do Estado da Bahia
  • Guilherme Azevedo, engenheiro)
  • Juca Ferreira, secretário de Cultura do Município de São Paulo (Depoimento em vídeo)
  • Maria Antonieta Tourinho, professora da Faced – UFBA

14h: Atividade de retorno

Equipe do Educativo da Bienal + candidatos inscritos