Referência artística do período pós-guerra, Antoni Tàpies faleceu em sua cidade natal na Espanha
O pintor e escultor Antoni Tàpies, considerado um dos maiores expoentes europeus da arte abstrata, morreu aos 88 anos, nesta última segunda-feira (06), em Barcelona, na Espanha. Casado com Teresa Fábregas, ele deixa três filhos: Antoni, Clara e Miquel.
Influenciado pelo Surrealismo de Miró e Klee, o artista catalão produziu, ainda jovem, uma série de desenhos e pinturas carregadas por um forte simbolismo. No entanto, foi na década seguinte que Tàpies obteve prestígio e reconhecimento ao adotar distintas técnicas de produção, como litografia, colagem e esculturas. Entre suas obras destacam-se “Manchas Vermelhas”, “Grande Pintura Pinzenta”, “Corpo de Matéria e Manchas de Cor Laranja” e “Peça de Roupa”.
Participou da Bienal de Veneza de 1952 e esteve em várias edições da Documenta de Kassel, na Alemanha. Já no Brasil, Tàpies participou da Bienal de São Paulo, em 1953. Sua pintura “Ásia” (hoje no acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) foi premiada pela organização, vencendo artistas como Mondrian, Paul Klee, Munch, Henry Moore e Alexander Calder.
Embora fosse consagrado por seu trabalho artístico, o pintor e escultor também gostava muito de escrever. Interessado pela filosofia de Jean Paul Sartre e pelo realismo social, Tàpies se opôs ao regime franquista e defendeu a cultura catalã ao longo de toda a sua vida.
Fonte: O Globo