Auditório lotado, olhos e ouvidos atentos ao que se passa no palco. Assim começou a programação de abertura do Curso de Formação de Mediadores da 3ª Bienal da Bahia, na manhã desta sábado, 25. O encontro é realizado no Teatro Jorge Amado (Pituba) e segue até este domingo, 26, com palestras, mesas redondas e debates.

Durante a manhã, os 350 participantes que estavam ansiosos pelo início das atividades puderam conhecer alguns personagens que estão por trás da Bienal – realizada em mais de 50 espaços culturais de Salvador e interior do Estado entre os dias 29 de maio e 7 de setembro.

Alejandra Muñoz fala sobre a história das bienais no mundo

Alejandra Muñoz fala sobre a história das bienais no mundo

A mesa de abertura foi formada pela curadora-chefe do evento, Ana Pato, o professor da UFBA João Dannemann, a diretora da Escola de Arquitetura da UFBA, Naia Alban Suarez, e aa arte-educadora Mariela Hernández, atualmente integrante da diretoria educativa da Bienal.

Confira o que eles falaram sobre o Curso de Formação de Mediadores:

[box] Este curso tem um papel importante que cada vez mais se reforça na extensão acadêmica. A arte baiana retoma agora um processo que foi interrompido, buscando um diálogo onde todos têm algo a falar”. Naia Suarez[/box]

[box] “A gente não vive sem parcerias. Este momento representa a união de todas as instituições envolvidas”. João Dannemann [/box]

[box] “Este é um projeto de uma potência única, principalmente pela Bienal não ser a primeira, mas sim a terceira, que acontece 46 anos depois da última edição. Ela tem o dever de memória e a proposta de educar”. Ana Pato[/box]

[box] “Pretendemos dar forma e conteúdo a uma mediação focada no processo criativo. Nós incluímos nesse curso diversas formas de interação e comunicação entre docentes e participantes”. Mariela Hernández[/box]

História das bienais – A primeira palestra da programação especial de abertura foi da professora e curadora adjunta da Bienal, Alejandra Muñoz. De acordo com a própria palestrante, o objetivo era fazer um ‘brevíssimo’ histórico das bienais realizadas no mundo, desde a de Veneza, em 1895, até as que ainda acontecerão em 2015 e 2017, passando pela Bienal da Bahia.

“Esta Bienal tem uma faceta claramente política, porque vai se perguntar, como ponto de partida, o que aconteceu no período entre a última edição [em 1968] e esta que se faz agora. Temos bienais pelo mundo inteiro, mas as referências mais próximas são as europeias e as latino-americanas”, pontua Alejandra.

Uma participação especial durante a palestra foi a do artista e cineasta Chico Liberato, que falou sobre a organização da Bienal de 1968, quando atuou com o idealizador do evento, Juarez Paraíso. Chico participou das duas primeiras edições da Bienal da Bahia (1966 e 1968) e foi uma das inspirações e fontes de pesquisa para a realização do evento em 2014.

A programação de abertura com os participantes do curso segue até este domingo, 26. As aulas serão iniciadas no dia 8 de fevereiro, no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA, no bairro da Federação.