O Museu de Arte Moderna da Bahia apresenta instalações da artista visual Sonja Alhäuser, que têm o chocolate derretido como atração principal. A exposição Banho marrom é uma colaboração entre o MAM-BA e o Goethe-Institut/ICBA, fazendo parte do projeto multimídia Metamorfoses do Cacau: Economia – Sociedade – Cultura, realizado pelo ICBA que exibe desenhos da artista, a partir do dia 14 de dezembro. As Máquinas de Chocolate I, II e Banho Marrom serão exibidas na exposição, que contará com uma performance realizada no dia da abertura da mostra (16/12). As instalações ficam em cartaz na Galeria Subsolo do museu entre os dias 16 de dezembro de 2011 e 12 de fevereiro de 2012.
As máquinas estarão cheias de chocolate aquecido, em temperatura controlada. Com a performance é aberta a temporada de banho no chocolate: uma pessoa deita-se no Banho Marrom (Braunes Bad). O trato artístico com o comestível e produtos perecíveis sempre foi objeto de criação para Alhäuser que apresentará sua visão da food art nesta mostra. “Na Máquina de Chocolate II, uma mulher aparece e some de novo, em um movimento para cima e para baixo, que eu definiria como um movimento de ordenha. Raramente vê-se, ao mesmo tempo, um homem e uma mulher. Eles têm ritmos opostos.”, diz a artista descrevendo um pouco da proposta de sua obra.
Sobre a artista
Alemã, radicada em Berlim, Sonja Alhäuser é formada pela Escola de Belas Artes de Düsseldorf. A artista utiliza no seu processo criativo doces e alimentos, realizando obras- que têm o chocolate como material- em performances alimentares, instalações performáticas, ações e desenho de imagens relacionadas à culinária. Quando conclui, em 1997, um período de master classes ministradas por Fritz Schweiger, em Düsseldorf, ela realiza uma escultura monumental: um cavalo em tamanho natural totalmente feito de chocolate. Em 2001 ela é convidada pelo Museu Busch-Reisinger, no Museu de Arte da Universidade de Harvard, para expor numa mostra sobre a eat art alemã. Na ocasião, Sonja apresenta o seu trabalho Exhibition Basics no qual ela utiliza 400 kg de chocolate fino belga, pipoca, marzipã e caramelos liberados para o consumo do público. “Deve-se conseguir transformar o prazer visual numa sedução, num convite para o cheirar e o ingerir”, explica Alhaüser que convida os visitantes a se envolver nesta experiência sensorial.